quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Velas de Ignição para automóveis

Dica do amigo Ricardo Macari via twitter: Vela de ignição de motores poderá ser substituída por laser: link



Iniciamente vamos entender melhor o processo de ignição das velas onde utiliza-se uma descarga elétrica gerada pela bateria do veículo que é elevada pela bobina e distribuída uniformemente entre os cilindros de forma sincronizada com o movimentos dos pistões para gerar o movimento (Ciclo Otto: 1º admissão, 2º compressão, 3º combustão e 4º escapamento).




Quando o cilindro é preenchido com a mistura do combustível e ar, em seguida esta mistura é comprimido e ocorre uma descarga elétrica (faísca) que detona esta mistura que passa a ser composta de gases queimados so pressão. Esta transformação de combustível e ar em gases queimados faz com que a pressão dentro do cilindro aumente e o pistão é forçado pra baixo e inicia-se um novo ciclo, então seria interessante uma "faísca" mais efetiva com maior tempo de queima ou na tensão, o que permite usar uma abertura maior entre o eletrodo da vela e o aterramento (conhecido como GAP).



De uma forma bem simples, para melhorar a faísca, poderia alterar o "GAP" ou formato do aterramento e o eletrodo da vela, o que teoricamente gerar uma "faísca" com uma superfície maior, mas a limitação seria relação tensão/corrente e o tempo de queima originais. Teria uma melhora, mas não tão expressiva.





Para melhorar a eficiência da vela em sí, aumentando a explosão obtida é preciso melhorar a relação tensão/corrente e especialmente o tempo de queima. Isso pode ser feito utilizando uma segunda etapa de elevação da tensão e o tempo de queima entre a bobina original e a vela. Este circuito precisa elevar a tensão (em volts), sem alterar muito a corrente (microampéres) e aumentar o tempo de queima (em milisegundos).

Pelo pouco que sei de eletrônica, para elevar tensão se usa um circuito MAT (muito alta tensão) como nos circuitos dos fly-back de monitores CRT (tubo) que basicamente utiliza capacitores e diodos para a carga ir sendo acumulada e passada ao próximo capacitor, utilizando um diodo para a carga ter sentido (não voltar ao capacitor anteior), cada capacitor ao receber uma carga X passa à frente até você ter a tensão desejada. Não se deve alterar a corrente para que a faísca não corroa o metal do pistão ou mesmo da vela ou do bloco do motor. Para aumentar o tempo queima, apenas um capacitor (que pode ser o mesmo que eleva a tensão) faria a função sem problemas, liberando a carga quando a mesma chegar a um valor X por mais tempo, lembrando que esse processo de carga dos capacitores tanto para a tensão como para o tempo de queima precisa ocorrer em poucos milisegundos, sincronizado com o movimento dos pistões e, dependendo dos componentes ou o circuito utilizado seria necessário até atrasar o ponto do motor para compensar este tempo. Este atraso é utilizado em preparações de motores para competição, algo que não é meu objetivo, mas este seria o caminho, pois quando mais você desejar armazenar para acumular e elevar a tensão e o tempo de queima, mais tempo você leva e precisa calcular precisamente para que o tempo da carga e descarga (queima) seja compatível com o movimentos dos pistões do motor.

Outros objetivos, como minimizar as emissões, tornam-se prioridade quando não é necessária potência máxima. Isto pode ser acançado, por exemplo, com menor quantidade de combustível ou atrasando a ignição (movendo a centelha para mais perto do fim do curso de compressão), reduzindo a pressão máxima no cilindro e a temperatura. A diminuição da temperatura ajuda a reduzir a formação de óxidos de nitrogênio (NOx), que são poluentes de emissões regulamentadas. Atrasando a ignição pode-se evitar também a detonação. Alguns carros possuem um sensor de detonação que faz isto automaticamente

Existem produtos comerciais que fazem extamente este processo, cada um a seu modo, com vangatens e desvantagens, mas o benefício básico é uma queima melhor, com um tempo maior com uma faísca que dura mais tempo o que permite que o motor injete menos combustível e mais ar, aumentando a eficiência da queima obtendo até maior compressão, mesmo com menos combustível. Um efeito "colateral" interessante seria que o que difere a gasolina do etanol do ponto de vista do motor seria a quantidade, pois os dois queimam... mas é preciso uma quantidade maior de etanol para obter a mesma compressão que a gasolina, então como a vazão nos bicos injetores vai ser menor, poderia-se utilizar uma mistura de gasolina e etanol desde que se respeite a vazão a 100% do bico injetor e a quantidade necessária de combustível no momento que o motor está no giro "ideal" (seu motor aceita 6, 7, até 8 mil giros mas a faixa ideal é próxima aos 3 a 5 mil giros, dependendo do projeto de cada motor). Exatamente por isso que o bico específico para etanol tem 30, 40% mais vazão que o da gasolina. Também é preciso lembrar que o etanol é corrosivo para algumas peças, especialmente a bomba de combustível, filtro de combustível e mangueiras do combustível, então em uma conversão correta esses detalhes precisam ser levados em conta e alguns ou todos esses componentes precisam ser compatíveis com a mistura que for utilizada. O benefício se extende a outro combustível: GNV e a turbo compressores nos quais SEMPRE se diminui o GAP das velas porque ou o combustivel não consegue queimar porque faísca é fraca (GNV) ou o motor está girando tão mais rápido que a faísca é fraca demais para queimar a maior quantidade de combustível (Turbo Compressor)... uma ignição mais eficiente permite inclusive as duas coisas: Turbo Compressor com GNV.

Voltando às velas, uma opção muito interessante seria a Pulstar™ que conseguiu incorporar a idéia de aumento da tensão e tempo de queima "dentro" de uma vela com o formato similar a uma vela padrão:




diferença da faísca:




Gostaria de deixar bem claro que não sou engenheiro mecânico e não tenho moral de dizer que tudo isso está 100% correto, mas a lógica me diz que isto faz muito sentido, por isto estou compartilhando minha pesquisa. Tentei simplificar ao máximo o processo para facilitar o entendimendo sem prolongar demais o texto, mas as fontes levam a uma possiblidade de estudo dos detalhes relacionados a todo o processo. Também não tenho nenhum acordo com as empresas e produtos aqui citados, se foram citados é porque tem muita relevância ao assunto.

Fontes:
peswiki zikforum performanceunlimited pulsar cmracing msd comotudofunciona
e claro, o oráculo conhecido como google :c)

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Baterias

Sabe-se que a carga das baterias de íon de lítio atuais pode ser feita rapidamente até 80% de sua capacidade e acima disso deve ser feita lentamente, então se pode optar por uma carga lenta o tempo todo ou um controlador que monitora o nível de carga e acima de 80% passa para o modo lento de carga assim como acontece em dispositivos como notebooks ou players portáteis atuais, sendo a tecnologia mais difundida no momento. O tempo de carga é relacionado a capacidade de armazenamento da mesma. Também existem outras tecnologias anteriores como níquel-cádimo (carga rápida até 70%) ou níquel-metal (carga rápida até 90%) mas que podem apresentar o efeito memória que é bem indesejado em baterias. Mais informações sobre baterias e efeito memória aqui, aqui e aqui.

Cuidados com baterias de íos de lítio

Aprendendo a carregar baterias Nind e NiMH

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

John Bedini & Bearden

Não posso deixar de citar John Bedini & Bearden que nos brindou com seu excelente projeto baseado no conceito de conversão de energia cinética em elétrica, mas com uma abordagem um pouco diferente do PERENDEV, utilizando bobinas e eletroímã (que por acaso também são bobinas) além de ímans fixos.
Basicamente ele montou um circuito que utiliza um fonte de alimentação para criar o primeiro estágio do movimento (com atração e repulsão magnética) além do inicio do movimento cinético, como no projeto do PERENDEV, enquanto uma bobina está sendo alimentada pela bateria doadora, a(s) outra(s) bobinas estão recebendo carga para o banco de baterias que você deseja carregar. Como ele está gerando um impulso usando a bateria doadora, pode utilizar bem menor ímans, sendo que estes não precisam ser especiais.
Existem várias variações, com diferentes graus de aproveitamento da energia recebida do movimento ou da energia gerada, do tamanho, do numero de componentes, do material usado, etc.






Sendo que a proporção de aproveitamento em média seria de 4 baterias a serem carregadas para cada 1 bateria doadora, utilizando-se baterias com características idênticas.

Alguns Exemplos:









Existe vários outros exemplos, mas acho que estes exemplificam bem a idéia.
O sistema é simples, mas precisa de muita atenção na confecção das bobinas.
Aconteceu de um certo programa de um certo canal mundial que não vem ao caso ser citado, por não conseguirem resultado dizerem que não seria possivel, mas pasmem: um fã foi lá e montou e testou na frente do pessoal, provando o conceito, mas claro que isso não foi muito divulgado e até o video que estava no youtube foi removido...

Motor PERENDEV

Existem diferenças entre as forma de aproveitamento da energia do nosso ambiente, o que nos limita é o ambiente, que deve prover o necessário como por exemplo: luz, calor, vento, espaço entre outros.
Todo projeto tem suas vantagens e desvantagens, neste caso o custo destes ímans de alto desempenho ainda é caro, mas com o tempo, poderemos ter acesso a esta matéria prima mais facilmente.
Sendo bem didático sobre o tema, a idéia é aproveitar uma fonte de energia natural e canaliza-la de forma a produzir eletricidade e armazenar a mesma em um banco de baterias o qual vai permitir o seu uso posteriormente. Quanto ao banco de baterias, o mesmo pode operar em várias voltagens, mas sempre se pode utilizar um inversor e conseguir a voltagem necessária para seu uso direto, como 110 ou 220 volts, caso o banco esteja operando em uma voltagem inferior, mas nada impede que se utilize o banco ligado a ter esta mesma voltagem, eliminando a necessidade do inversor.

Vamos a um exemplo prático: um gerador magnético PERENDEV ligado a um alternador automotivo gera de 13 a 14 volts, que alimenta uma ou mais baterias se 12 volts ligadas em paralelo, mantendo os 12 volts. Para poder ligar uma lâmpada ou um computador seria necessário um inversor para a voltagem desejada como 110 ou 220 volts.

Falando em um gerador PERENDEV, um dos projetos que me interessaram é: "Ensaio sobre o motor PERENDEV".
Para quem ainda não conhece, é um motor totalmente magnético e virtualmente perpétudo.
A aplicação seria como no exemplo ligar uma bomba d´agua ou mesmo um alternador simples de carro que poderia fornecer uma carga de, digamos 120 Ampéres e carregar um banco de baterias tranquilamente.
No meu ponto de vista esta opção tem uma vantagem em utilizar um sistema eólico ou um sistema de captação solar pela total disponibilidade, pois nem sempre temos vento ou o sol disponível, mas sempre temos o campo magnético da terra :c)

Site do projeto
Tradutor online sugerido (porque o site é em francês)

Video que demonstra o movimento sendo gerando pelo modo como os ímans estão posicionados:


Video do motor em funcionamento:


Alguma explicações teóricas:


Um case ativo e operacional:


Continuo no caminho de trazer a informação para que seja apreciada por todos os interessados.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Fontes de energia alternativa

Este blog nasce da minha vontade pessoal de pesquisar sobre fontes de energia alternativas, sempre com o apoio do amigo Ricardo Macari.
Tenho feitos alguns estudos sobre eletro-magnetismo e a utilização de bobinas para gerar eletricidade, entre outras formas de melhor aproveitamento de energia.
Gostaria de montar um grupo de estudo e especialmente desenvolvimento de tecnologia adaptada a realidade do cotidiano brasileiro.

Qualquer dúvida ou sugestão, envio um mail para energiadomagnetismo@gmail.com